Comentário individual sobre Políticas Inclusivas e Medidas Educativas para Alunos com NEE
Bom dia:
Tenho lido atentamente os comentários colocados aqui
e tentado fazer um paralelo entre o que por aqui se vai dizendo, relatos das
experiências e opiniões, e o que vivencio diariamente.
Chamou-me a atenção, um post da colega Paula
Cristina de Almeida Costa, de 15 de Abril de 2014 às 00:15,
em que refere: “…a muitos professores falta, nas formações iniciais, uma
preparação mais efetiva para estas diferenças que surgem na sala de aula, e a
alguns pais é também muito difícil aceitar e lidar com as diferenças dos filhos.”
Como professora, nunca tive qualquer formação, nem
inicial nem depois, para saber trabalhar com este tipo de
crianças/adolescentes. Como DT somos ainda responsáveis pelo PEI (Plano Educativo
Individual), mais uma vez sem qualquer formação para saber trabalhar com o
mesmo
Este ano tenho um aluno com NEE. Frequenta um curso
profissional de programação informática, sendo que as áreas cientifica e técnica
– apesar de todas as adaptações – é aquela em que tem menos aproveitamento, porque
foram sempre as áreas do conhecimento em que revelou mais dificuldades. Apesar
da ajuda que os colegas de Educação Especial nos dão – na elaboração dos
documentos – é na prática que as coisas se complicam, porque nada na legislação
dos cursos profissionais está adaptada a estes alunos.
E por isso se colocam várias questões – um curso
profissional permite a dupla certificação. Sei que as NEE têm diferentes graus,
o que implica diferentes dificuldades. Mas como fazer perceber uma mãe que,
apesar do filho gostar de computadores, um curso de programação não será o mais
adequado ? Como poderemos emitir a certificação – do 12º ano e de Técnico – a um
aluno que não adquire as competências técnicas mínimas do curso e tem o
discurso falado e escrito de uma criança com o 6º ano ? Como poderemos explicar
à mãe que apesar de aluno dever ser estimulado, não é fisicamente possível ele
aguentar a pressão de estar 12 horas na escola e ainda ter a seguir (todos os
dias) explicações ? Como poderemos adaptar os cursos profissionais a estes
alunos ? E poderá ser a todos ?
Seria muito interessante partilhar relatos de quem tem
experiências, positivas ou nem por isso (se possível nos cursos profissionais
nível 4)…
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